Doença do silicone não é uma terminologia médica, porém se tornou popular pelo uso. Normalmente se refere a sintomas de doenças autoimunes induzidas pela prótese mamária de silicone.
Os sintomas autoimunes mais frequentes que podem estar associados com a prótese mamária de silicone são dores musculares, articulares, fadiga e perda de memória. Há diversos outros sintomas que podem estar associados. A associação entre sintomas e prótese de mama é principalmente maior se eles apareceram depois da inclusão da prótese mamária e desapareceram após a sua retirada.
Não há nenhum exame específico para se fazer o diagnóstico, porém a presença de autoanticorpos contra o silicone e HLA específicos (ex. HLA DRB1, HLA DQB1) podem contribuir no diagnóstico. O HLA é uma abreviação do inglês e significa antígeno leucocitário humano, responsável por apresentar os antígenos para o sistema imune.
O tratamento pode envolver a retirada da prótese de mama e sua cápsula (conhecido como explante em bloco) e o uso de medicações imunossupressoras como por exemplo corticóides.
Ao se realizar o explante em bloco, pode ser necessário fazer a reconstrução da mama ou com mastopexia (elevação da mama) ou lipoenxertia (enxerto de gordura).
A melhora dos sintomas após o explante em bloco pode começar já no primeiro mês ou demorar até 6 meses. Caso se associe medicações imunossupressoras, a melhora pode demorar de dias até semanas.
Sim, não há garantia que os sintomas irão melhorar após a retirada das próteses e das cápsulas. A literatura médica indica uma melhora dos sintomas em 75% das pacientes submetidas ao explante, porém é preciso notar que há 25% das pacientes que não apresentam melhora dos sintomas.
São os riscos inerentes a qualquer procedimento cirúrgico como infecção, hematoma, abertura de pontos e trombose (coágulo nas pernas).